Sussurros do Universo: Como Abraçar Sua Sensitividade
- A Cartomante
- 4 de out. de 2024
- 10 min de leitura
Na Newsletter de hoje vamos trabalhar com um tema que foi bastante solicitado por vários leitores: a sensitividade e mais precisamente, como lidar com ela da melhor forma. Você sente que às vezes coincidências significativas acontecem com você? Costuma desfrutar de um sentimento de conexão com pessoas ou lugares de forma “inexplicável”? Sabe por vezes instintivamente as intenções ou sentimentos de alguém de forma antecipada? Então é hora de trabalhar sua sensitividade e eu posso ajudar hoje!

O que afinal é sensitividade?
Diferente da sensibilidade, a sensitividade é, em poucas palavras, a capacidade de captar pequenos sinais e agregá-los à nossa leitura e julgamento de situações de nossa jornada. É uma habilidade natural que muitos de nós possuímos, mas poucos sabem como realmente utilizá-la. É a capacidade de perceber o que está abaixo da superfície — sejam emoções, energias ou sinais sutis do universo. No entanto, como qualquer outro dom, ela requer equilíbrio, bem-estar emocional e autoconhecimento para se desenvolver plenamente.
Dentre os fatores que definem sensitividade, vale destacar:
Empatia Profunda: Você sente as emoções dos outros e se coloca no lugar deles. É como ter um superpoder de sentir, mas não é bem-vindo em todas as festas, porque às vezes você acaba sentindo a ansiedade de quem está tentando decidir entre a lasanha e o macarrão!
Intuição Forte: Consegue captar sinais sutis e tem uma “intuição” aguçada sobre pessoas e situações. É como se você tivesse um GPS interno que, em vez de dizer "vire à direita", sussurra "cuidado, essa pessoa não é o que parece".
Percepção Aumentada: Nota detalhes que a maioria das pessoas ignora, como mudanças na energia de um ambiente. Você pode ser a única pessoa que percebe que a planta na sala está se sentindo um pouco murcha e precisa de um pouco mais de amor — e talvez um pouco de água também!
Mas cuidado! Ser sensitivo não é sinônimo de estar à mercê de todas as emoções e energias ao seu redor. Se você já se pegou sentindo o peso do mundo sobre seus ombros, é hora de aprender a criar barreiras saudáveis. Lembre-se, ser sensitivo é como ser um super-herói: você precisa de seu espaço, do seu “cápsula de proteção”, para poder usar seus poderes com sabedoria e não acabar se sentindo como um boneco de pano no meio de um furacão.

Se não a gente fica que nem a pimentinha!
E assim, entre abraços e resgates de plantas murchas, vamos explorar juntos o maravilhoso mundo da sensitividade. Afinal, entender essa habilidade não apenas te ajuda a navegar pelas águas emocionais dos outros, mas também a mergulhar nas profundezas do seu próprio ser. Dividindo um pouco com vocês hojes, lapidar a minha sensitividade foi um processo bastante complexo e em alguns pontos doloridos: enteder quando podemos nos permitir sentir e quando precisamos construir barreiras para não sermos atingidos pelo sentimentos dos outros por exemplo, é muito necessário. Assim como entender que não é só porque temos o dom da empatia que precisamos resgatar as pessoas constantemente. E isso me leva para um ponto importante na nossa próxima parada:
A Importância do Autocuidado para a Sensitividade
Agora que já entendemos o que é sensitividade, vamos falar sobre um ingrediente essencial para essa receita: o autocuidado!

Quando falamos de sensitividade, a conexão com as emoções e energias ao nosso redor é intensa. Isso significa que, para manter essa sensibilidade aguçada e equilibrada, é fundamental cuidar de si mesmo. E não, não estamos falando apenas de um dia de spa (mas, se você puder, ok!). O autocuidado é muito mais abrangente do que isso.
Cuidar do seu bem-estar emocional é como dar uma ducha refrescante à sua intuição. Se você não está bem consigo mesmo, é fácil se perder nas marés emocionais de outras pessoas e até mesmo dificulta discernir entre intuição e ansiedade. Uma boa prática é dedicar um tempo para você, seja através da meditação, do yoga, ou até mesmo daquela série que você adora maratonar. É importante termos em mente que se não estamos bem como nosso emocional, a sensitividade é como um wi-fi com problemas ou ainda, como aqueles telefones da década de 90 que pegavam linhas cruzadas: há interferência, nossa voz interior não fica clara.
Criar espaços seguros também é crucial. Imagine ter um lugar especial na sua casa onde você possa relaxar, respirar e se conectar com suas emoções sem distrações externas. Pode ser um cantinho com almofadas fofinhas, velas aromáticas e uma xícara do seu chá favorito. “Mas Kim, por quê?”. Simples: pessoas com sensitividade são sensíveis aos ambientes e quando muito expostas precisam de um lugar para recarregar.
E, claro, práticas como journaling (escrever um diário) podem ser maravilhosas! Colocar seus pensamentos e intuições no papel ajuda a processar o que você está sentindo e a discernir entre o que é seu e o que é de outras pessoas. Pode até parecer um diário de adolescente, mas, ei, quem não ama desabafar com alguém? E se esse alguém for você mesmo, melhor ainda! Cada um acha sua forma de colocar para fora e organizar pensamentos e sentimentos e o journaling foi só uma ideia, mas podia ser também pintura, desenho… Eu particularmente gosto de tocar e cantar para colocar para fora. Cada um acha a sua maneira e o seu caminho.
Em resumo, autocuidado é a chave que desbloqueia o potencial da sua sensitividade. Quanto mais você se cuida, mais forte e claro será o seu radar intuitivo.
Autoconhecimento: A Chave para Discernir Intuição e Ansiedade
Chegamos em um ponto crucial dessa Newsletter. O autoconhecimento é essencial para o nosso bem-estar emocional. Ao mergulharmos na jornada do autoconhecimento, abrimos as portas para entender melhor nossas emoções, nossos medos e, claro, nossa incrível capacidade de sensitividade.

Para quem possui sensitividade, essa jornada é especialmente essencial. Muitas vezes, podemos nos confundir entre a intuição genuína e a ansiedade que surge de pensamentos descontrolados. E cá entre nós, quem nunca ficou paralisado, pensando:
“É meu sexto sentido me avisando de algo, ou será só o meu estômago revoltado com o que eu comi no jantar? Ou TPM? Ou só tive um dia ruim?”
Aqui, o autoconhecimento entra como o GPS que nos guia por essa confusão. Quando você se dedica a entender suas emoções, começa a perceber padrões em seu comportamento: parece bobo mas esse passo é VITAL e permite uma virada de chave imensa do domínio da sua habilidade. Conhecer a si mesmo permite que você identifique quando uma intuição está realmente pulsando ou quando é apenas o seu cérebro entrando em modo de pânico. E é bem comum ver isso acontecendo. Fato é que quanto mais eu me conheço, mais eu sei distinguir isso. Eu até posso estar “surtando” mas eu sei que estou “surtando” e não vou levar tão a sério “intuições” neste período. Entendem?
Uma prática divertida e eficaz é a auto-reflexão. Pergunte-se: “O que eu estou sentindo agora? É uma intuição, uma ansiedade ou apenas um desejo repentino por chocolate?” Ao registrar essas emoções, você começa a criar um mapa pessoal do que realmente ressoa com você. Isso não só lapida sua sensitividade, mas também promove uma clareza que muitos desejam, mas poucos alcançam.
Lembre-se, o autoconhecimento é um processo contínuo, um verdadeiro trabalho de arte em andamento. À medida que você se torna mais consciente de quem você é, fica mais fácil ouvir aquela voz interna que orienta sua intuição.
É como afinar um instrumento musical — quanto mais você pratica, mais harmoniosa sua intuição se torna!
Em suma, autoconhecimento é o mapa que ajuda a navegar as complexidades da sensitividade. Quanto mais você entende a si mesmo, mais equipado estará para discernir as mensagens do universo e, assim, aproveitar plenamente o dom que possui.
Um Caminho Pessoal e Único: A Sensitividade Vem de Dentro
Agora uma parada polêmica e importante. Se tem algo que a sensitividade nos ensina é que cada um de nós tem uma jornada única. E aqui vai a grande verdade: o desenvolvimento da sensitividade é profundamente pessoal! Notem que nessa Newsletter não estou criando regras e ela está extremamente fluida. Porque a bem da verdade, cada um vai ter seu caminho e sua conexão especial com sua sensitividade e por mais que eu dê dicas, não tem como ensinar algo que só trilhando seu próprio caminho para descobrir como funciona. Agora prestem atenção neste ponto: enquanto a fé e as crenças espirituais podem servir como guias em nossa trajetória, é vital lembrar que as respostas que buscamos estão sempre dentro de nós.
Pense assim: você pode se inspirar nas tradições de diferentes culturas ou seguir o conselho de um guru, mas no final do dia, quem realmente sabe o que ressoa com você é você mesmo!
Ninguém pode ditar como você deve vivenciar sua sensitividade. Isso não é sobre seguir regras externas, mas sim sobre mergulhar dentro de si e ouvir a sua verdade. É como dançar ao som de uma música que só você pode ouvir.
Ao se permitir explorar sua própria conexão interior, você se torna mais autêntico em sua experiência. A intuição se torna sua bússola, guiando você em meio aos desafios e incertezas da vida. Em vez de se sentir pressionado a se encaixar em moldes prontos, celebre a singularidade do seu caminho. Afinal, a sensitividade é uma jornada de autoexploração, e cada passo conta!
Por isso, abrace o que faz sentido para você e respeite o ritmo da sua própria evolução.
A sensitividade não é um destino a ser alcançado, mas um modo de viver que se desdobra em sua plenitude à medida que você se permite ser quem realmente é.
Então, ao invés de olhar para fora em busca de respostas, que tal dar uma olhadinha para dentro e ver o que o seu coração tem a dizer?
Dicas Para Sensitivos e Sensitivas:
Bom, estabelecemos que cada caminho de sensitividade é singular mas vou dividir nesta última parte da Newsletter algumas coisas que me ajudaram muito ao longo do caminho. E vocês vão notar que algumas dicas podem ser adaptadas e que todas elas vem de um lugar de certa lógica. Mas antes de eu passar para as dicas objetivamente, me deixem partilhar algo sobre minha jornada sensitiva que é justamente sobre isso que acabei de falar.
Quando eu era criança, minha avó materna me disse que eu era médium. Importante entender aqui que minha avó é espírita. Por um tempo, principalmente na juventude, transitei bastante por centros espíritas e ao longo da adolescência li bastante por essa vertente, a qual respeito muito mas hoje, como já disse, sou agnóstica teísta. Minha avó sempre me presenteou com dicas sobre mediunidade no intuito de me ajudar e lembro que uma das dicas era: não leia cartas depois das 22h. Era uma regra imperativa. Como uma boa adolescente, não quis resposta pronta e logo mandei um “ué, mas por que?”. Minha avó apenas disse que nenhuma mensagem boa vinha após esse horário. Ok.
Anos depois, em uma sessão de terapia com uma psicóloga Cognitivo Comportamental, conversávamos sobre heranças dos antigos humanos primitivos que ainda mantemos hoje, como por exemplo: a nossa tendência em estarmos mais alertas à noite, pois a escuridão antigamente continha perigos. Já notou como às vezes alguns problemas parecem maiores quando deitamos a cabeça no travesseiro após um dia estressante? Ou seja: o conselho da minha avó tinha no fim das contas uma razão de ser que não necessariamente precisaria estar ligada à “mensagens ruins”. Como eu iria interpretar as mensagens é que estaria vinculado a um estado mental não favorecido. Seja por essa tendência, seja por meu cérebro já estar cansado, mas as projeções não seriam tão positivas.
Moral da história: acolha as dicas de um sensitivo pra outro mas tente sempre entender o significado por trás.
Hoje eu até posso olhar cartas depois das 22h, mas NUNCA se eu estiver exausta ou em um estado emocional ruim. Então vamos lá:
Dicas Que Me Auxiliam e Podem Te Auxiliar:
Estabeleça Limites Energéticos: Saiba quando você está aberta/o para estar com o “Wi-Fi ligado” (aqui em casa chamamos minha sensitividade de Wi-Fi!) e quando você precisa estar off. Nem todo lugar ou situação vai ser conveniente para você estar aberta/o a receber e interpretar energias.
Práticas de Aterramento:Caminhar descalço na terra ou grama, tocar em árvores, ou meditar focando na energia dos pés conectados ao chão ajuda a liberar energias acumuladas e manter os pés no chão. É um processo que eu faço de tempos em tempos quando sinto que absorvi demais.
Detox Digital Regular:As redes sociais e informações constantes podem sobrecarregar quem é sensitivo. Reserve tempo para um detox digital, desconectando-se de telas e reconectando-se consigo mesmo. Essa dica minha avó não me deu porque os tempos eram outros mas hoje percebo que é importante falarmos: é bem fácil perceber que nem tudo que tem na internet é benéfico, e acaba nos esgotando um pouco se ficarmos muito expostos: notícias ruins, conteúdos que impactam na autoestima… Tudo isso prejudica.
Sono e Descanso de Qualidade:Sensitivos tendem a processar muitas emoções e energias de outras pessoas. Priorize um sono restaurador. Criar uma rotina relaxante para a noite, como usar óleos essenciais ou ler algo leve, pode ajudar a recarregar suas energias.
Banhos de Purificação:Banhos com ervas como lavanda, alecrim ou arruda são excelentes para purificar a aura. Eu gosto bastante de fazer!
Vivência Consciente:Tenha noção das suas atitudes. Para mim, colocar no piloto automático tem a capacidade por exemplo de “ligar meu Wi-Fi” sem querer. Estar aterrada no presente em um processo de mindfulness me ajuda inclusive quando estou “ligada” como no caso das consultas. Eu sempre faço meditação antes das sessões para estar no aqui agora e deixar quaisquer influências as minhas emoções e do meu dia de lado. Foco é tudo.
Tempo na Natureza:Natureza recarrega o sensitivo. Mesmo que por alguns minutos ao dia, procure estar em contato com o verde, ouvindo sons naturais, respirando ar puro e absorvendo energia da Terra. Funciona pra mim!
Acho que essas são as dicas que posso compartilhar com vocês!
A sensitividade é um presente poderoso, mas como qualquer habilidade, exige cuidado, equilíbrio e autoconhecimento. Ao cultivar uma relação saudável consigo mesmo, você abre caminho para que sua intuição floresça de forma autêntica. Não se trata de controlar o futuro ou saber todas as respostas, mas de viver de forma mais conectada e consciente, permitindo que os sinais do universo sejam suas guias.
Lembre-se: seu caminho é único. Ninguém pode trilhar essa jornada por você ou dizer como ela deve ser. Ao se permitir ouvir sua própria voz interior, você fortalece sua capacidade de discernir entre o que vem da intuição e o que é fruto de medos e inseguranças.
Por isso, cuide-se, confie em seu processo e, mais importante, mantenha os pés no chão enquanto ouve as mensagens que o universo tem para você. Afinal, a verdadeira magia está no equilíbrio entre o que sentimos e como agimos.
Que sua sensitividade seja uma aliada em sua jornada de crescimento e evolução!

Com carinho,
Kim Knoche - A Cartomante
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