A Morte, Arcano regente de 2025: A Revolução Interior do Tarot
- A Cartomante
- 18 de nov. de 2024
- 5 min de leitura
Hoje vamos falar de uma carta dentro dos Arcanos Maiores do Tarot que costumo colocar na categoria: Arcanos Injustiçados. Ninguém gosta de ver a carta “A Morte”ser virada em um jogo mas sou obrigada a ser a advogada do diabo aqui e dizer que essa é uma reação deveras injusta! E por que vou falar dela hoje? Porque Ela, senhoras e senhores, é nosso Arcano Regente principal de 2025, o que garante que será um ano muito melhor do que 2024. A Morte governará o ano com O Eremita mas quem dita o tom principal é ela. Na próxima Newsletter vamos abordar o outro arcano mas hoje vamos focar em entender porque ela vem trazendo esperança.

Sob a Regência de A Morte: Transformação e Renascimento
Em 2025, o mundo será guiado por duas energias principais do Tarot: o Arcano XIII, A Morte, e o Arcano IX, O Eremita. Este será um ano marcado por profundas transformações e uma busca por sabedoria interior. A combinação desses arcanos convida a olhar para o futuro com coragem, aceitando o inevitável fim de ciclos e abraçando as oportunidades de renascimento que surgem.
A Morte, frequentemente incompreendida, não é um presságio de destruição literal (até porque este é o papel dA Torre. Aquela que nos atropelou em 2024, lembram?). É um convite à renovação. Quando aceito o fluxo natural da vida, permito que o velho dê lugar ao novo. E com O Eremita iluminando os caminhos internos, somos chamados a refletir profundamente sobre o que deve ser deixado para trás para encontrarmos clareza e propósito.
A ideia da morte sempre carregou consigo um peso cultural, sendo frequentemente temida. Mas nem todas as culturas a veem assim. Em tradições como o Día de los Muertos no México, a morte é celebrada como um elo entre os vivos e os que partiram, um momento de homenagem e alegria. No hinduísmo, ela é uma passagem para uma nova vida, parte do eterno ciclo de renascimento.

No Tarot, A Morte simboliza algo semelhante: transformação, mudanças profundas e o fim necessário para que algo novo floresça. Não há crescimento sem deixar para trás o que já não nos serve. Assim, a presença desta carta desafia-nos a abandonar o medo do desconhecido e aceitar o potencial que a mudança traz.
A Iconografia e a Simbologia de A Morte

A imagem da carta A Morte é rica em simbolismos e, à primeira vista, pode parecer sombria. Contudo, ao olharmos com atenção, revela-se como uma poderosa metáfora de renovação.
A figura central é a Morte personificada, chegando montada num cavalo branco. Este cavalo, símbolo de pureza, contrasta com o manto negro da figura, enfatizando que a transformação traz consigo possibilidades de redenção mesmo nos períodos mais escuros. Nas mãos da Morte, há um estandarte negro adornado com uma flor branca, um ícone de esperança e renascimento, mesmo em meio à escuridão.
À sua frente, no chão, vemos um rei caído com sua coroa derrubada, uma imagem que sugere a passagem inevitável do poder e dos ciclos de liderança. Este detalhe convida-nos a refletir: seria este um rei justo, cuja queda lamentamos, ou um governante que já não servia ao bem maior? De qualquer forma, a mensagem é clara: a mudança é imparável e imparcial, e, muitas vezes, necessária para abrir espaço ao novo.
O grupo de figuras que observa a chegada do cavaleiro representa pessoas de diferentes classes e idades. Aqui está outra mensagem fundamental: a transformação toca a todos, sem discriminação. Não importa o status ou a posição, o fim de um ciclo é universal e inevitável.
Por fim, ao fundo da carta, o nascer do sol rompe o horizonte, simbolizando que, mesmo após o término, há sempre uma nova oportunidade. O sol nascente nos lembrade que cada fim é também um começo, reforçando a ideia de renovação e esperança.

As Possibilidades d’A Morte: Um Convite à Transformação

Quando olhamos para a carta A Morte, a princípio podemos sentir um certo desconforto. Afinal, mudanças profundas nem sempre são fáceis de enfrentar. No entanto, ao acolhermos essa energia transformadora, descobrimos o imenso potencial de renascimento que ela traz.
Este é o momento de refletir: o que chegou ao fim na sua vida? Pode ser um hábito, uma relação, uma forma de pensar ou até um trabalho que já não faz sentido. Todos nós carregamos algo que sabemos, em silêncio, que já não serve ao nosso crescimento. Mas, muitas vezes, resistimos em deixar ir.
A energia de A Morte, especialmente após um ano regido pela Torre, como foi 2024, ajuda a perceber que certos ciclos devem acabar, não por crueldade, mas porque já cumpriram o seu papel. A Torre desconstruiu o que não era mais sustentável; agora, A Morte nos convida a desapegar voluntariamente do que insistimos em carregar, mesmo quando não nos faz bem.
O que você não quer mais levar adiante? Pense em algo que, depois de um ano desafiador como 2024, tornou-se evidente que precisa mudar. Esse é o momento perfeito para cortar os laços com o que já não ressoa com a sua essência.
Exercícios Práticos para Renovação
Para ajudar a navegar por essa energia transformadora, experimente os seguintes exercícios:
Reflexão Escrita: Liberte-se no PapelPegue um caderno ou uma folha de papel e escreva sobre:
O que, na sua vida, sente que chegou ao fim?
O que você sabe, no fundo, que precisa ser renovado?
Que padrões ou relacionamentos já não fazem sentido e só ocupam espaço?Depois de escrever, releia as suas palavras. Pode ser poderoso rasgar ou queimar simbolicamente essas páginas (com segurança), como um ato de liberação.
Meditação de DesapegoEncontre um lugar tranquilo, feche os olhos e visualize-se carregando uma mochila cheia de pedras. Cada pedra representa algo que não precisa mais estar na sua vida. Lentamente, imagine-se retirando essas pedras, uma a uma, e deixando-as no chão. Sinta a leveza que surge ao final.
Criando Espaço para o NovoFaça uma limpeza em sua casa ou espaço de trabalho. Doe objetos que não usa mais ou reorganize os móveis. Às vezes, criar espaço físico também ajuda a abrir espaço mental e emocional para novas possibilidades.
Liste Suas Intenções para o FuturoApós refletir sobre o que deve ir, escreva uma lista do que deseja trazer para a sua vida. Foque em novas energias, projetos ou relações que ressoam com o seu verdadeiro propósito.
A Morte como Um Aliado
Lembre-se: A Morte não é inimiga, mas uma guia compassiva. Quando aceitamos suas lições, abrimos espaço para a liberdade. Ao deixar ir o que já não faz sentido, damos as boas-vindas a novas possibilidades e à evolução.
Permita-se mergulhar nesta energia transformadora e pergunte-se: O que eu preciso deixar ir para que algo maior possa florescer?
Com Carinho,
Kim Knoche- A Cartomante
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